"Não há um bom produtor de texto se a leitura não fizer parte de sua vida. Quem lê tem uma amplitude de vida muito maior, a dinamicidade das ideias afloram, o vocabulário flui e, inquestionavelmente, a produção textual acontece de forma natural, sem temores e angústias." A frase do professor de redação do Anglo Sorocaba, Edmilson Siqueira, mostra a importância da leitura na vida de qualquer pessoa, não apenas para melhorar a linguagem escrita, mas como forma de ampliar seus horizontes. Para a professora Maria José Ribeiro Tavares Muraro, a Mazé, que soma mais de cinquenta anos de magistério, sendo 41 deles dedicados somente às aulas particulares de redação, a leitura é imprescindível. "É preciso aprender a ler tudo o que cai na mão da gente, desde bula de remédio", ensina a educadora. Mazé ainda é taxativa: "Quem não lê, não escreve."
Diante da dimensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da proximidade da data das provas, a preocupação da maior parte dos candidatos em relação ao texto dissertativo aumenta significativamente. Isso porque a redação é considerada o divisor de águas em vestibulares, concursos, e mesmo no Enem. O professor Edmilson explica que a redação chega a 50% na contagem geral da prova. "Esse peso existe em função de ser o único momento que os vestibulandos vão criar alguma coisa. É hora de devolver o que estudaram, aprenderam. O resto é mecânico. É resposta com cruzinhas", avalia Mazé. A professora esclarece que existe um alicerce para atingir e aprimorar a escrita, e as facilidades da atual "geração botão" acabam, de certa forma, dificultando esse trabalho.
Insegurança e cobrança
Siqueira reforça: "O texto dissertativo, em muitas ocasiões provoca uma certa insegurança no candidato, pois ele terá que passar para o papel uma série de ideias organizadas envolvendo coesão e coerência, e ainda deverá escolher muito bem os argumentos persuasivos, extremamente convincentes para a apresentação de sua tese." Mazé explica que existem os temas objetivos, os unilaterais e bilaterais, além dos temas polêmicos e os subjetivos. Os unilaterais revelam aspectos positivos e negativos como a tevê, a informática, etc. Já os bilaterais: a violência urbana, o trabalho infantil, etc. Nos temas polêmicos o candidato se posiciona, como na legalização das drogas, aborto, eutanásia, etc.
Os temas subjetivos têm sido o grande filão dos vestibulares e "prato predileto" da Fuvest e da PUC, destaca. Em pelo menos dez vestibulares a Fuvest trouxe temas subjetivos, revela. Entre os temas subjetivos cita "felicidade", "liberdade" e "amor". Alguns termos e linguagens que devem ser evitados: gírias, palavrões, palavras estrangeiras e linguagem cibernética (somente quando não existir outra) e abreviações. "Já o gerundismo é bonito se bem empregado." Mazé fala da necessidade de ler e treinar com afinco a escrita para ter êxito. "Tem que ter introdução, desenvolvimento e conclusão, que é começo, meio e fim". E finaliza: "essa cobrança é importante, pois não acaba sendo somente para o vestibular, mas para a vida da pessoa."
Temáticas sociais
Siqueira cita situações inusitadas em redações do Enem, que incluíam receita e até o hino de um time. "Tais despropósitos podem sim prejudicar a grandiosidade da prova, mas não são suficientes para que a mesma perca credibilidade", destaca. Ele aposta na ampliação dos cuidados com o trabalho de correção. O professor ainda comenta sobre o setor de redação do Enem, que vem privilegiando as temáticas sociais, ou seja, "uma análise comportamental do indivíduo como agente integrante de uma sociedade em constante modificação". Entre os temas está a educação, solidariedade e qualidade de vida. "Os jovens, a primeira experiência ao sair da casa dos pais para viver em uma república, devido aos estudos em outra cidade ou estado, também são grandes apostas para temas na linha do Enem", conclui.
Diante da dimensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da proximidade da data das provas, a preocupação da maior parte dos candidatos em relação ao texto dissertativo aumenta significativamente. Isso porque a redação é considerada o divisor de águas em vestibulares, concursos, e mesmo no Enem. O professor Edmilson explica que a redação chega a 50% na contagem geral da prova. "Esse peso existe em função de ser o único momento que os vestibulandos vão criar alguma coisa. É hora de devolver o que estudaram, aprenderam. O resto é mecânico. É resposta com cruzinhas", avalia Mazé. A professora esclarece que existe um alicerce para atingir e aprimorar a escrita, e as facilidades da atual "geração botão" acabam, de certa forma, dificultando esse trabalho.
Insegurança e cobrança
Siqueira reforça: "O texto dissertativo, em muitas ocasiões provoca uma certa insegurança no candidato, pois ele terá que passar para o papel uma série de ideias organizadas envolvendo coesão e coerência, e ainda deverá escolher muito bem os argumentos persuasivos, extremamente convincentes para a apresentação de sua tese." Mazé explica que existem os temas objetivos, os unilaterais e bilaterais, além dos temas polêmicos e os subjetivos. Os unilaterais revelam aspectos positivos e negativos como a tevê, a informática, etc. Já os bilaterais: a violência urbana, o trabalho infantil, etc. Nos temas polêmicos o candidato se posiciona, como na legalização das drogas, aborto, eutanásia, etc.
Os temas subjetivos têm sido o grande filão dos vestibulares e "prato predileto" da Fuvest e da PUC, destaca. Em pelo menos dez vestibulares a Fuvest trouxe temas subjetivos, revela. Entre os temas subjetivos cita "felicidade", "liberdade" e "amor". Alguns termos e linguagens que devem ser evitados: gírias, palavrões, palavras estrangeiras e linguagem cibernética (somente quando não existir outra) e abreviações. "Já o gerundismo é bonito se bem empregado." Mazé fala da necessidade de ler e treinar com afinco a escrita para ter êxito. "Tem que ter introdução, desenvolvimento e conclusão, que é começo, meio e fim". E finaliza: "essa cobrança é importante, pois não acaba sendo somente para o vestibular, mas para a vida da pessoa."
Temáticas sociais
Siqueira cita situações inusitadas em redações do Enem, que incluíam receita e até o hino de um time. "Tais despropósitos podem sim prejudicar a grandiosidade da prova, mas não são suficientes para que a mesma perca credibilidade", destaca. Ele aposta na ampliação dos cuidados com o trabalho de correção. O professor ainda comenta sobre o setor de redação do Enem, que vem privilegiando as temáticas sociais, ou seja, "uma análise comportamental do indivíduo como agente integrante de uma sociedade em constante modificação". Entre os temas está a educação, solidariedade e qualidade de vida. "Os jovens, a primeira experiência ao sair da casa dos pais para viver em uma república, devido aos estudos em outra cidade ou estado, também são grandes apostas para temas na linha do Enem", conclui.
Notícia publicada na edição de 12/09/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno B - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Fonte: Cruzeiro do Sul On Line
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